Quando Aurineuda da Silva, a Leda, fez o primeiro curso de capacitação da sua vida, aos 12 anos, no IDESQ, ela nem imaginava que décadas depois se tornaria presidente desta mesma instituição. Nem imaginou que o trabalho social feito no Parque Santa Maria, em Fortaleza, a qualificaria para participar do Programa Acolher, da marca de beleza e bem-estar Natura, da qual também é consultora.
A adolescente que estava sendo capacitada e a presidente que comanda uma OSC de educação e qualificação profissional, com expertise em formação de Jovens Aprendizes, têm algo em comum: a vontade constante de continuar aprendendo e de alcançar os seus sonhos. Por isso, Leda encontrou no Acolher uma grande oportunidade.
O Acolher reconhece projetos sociais realizados pelas consultoras da Natura no Brasil. São homens e mulheres que transformam seus bairros e suas comunidades, gerando impacto positivo na vida das pessoas. Em 2021, a Natura passou a expandir o projeto, ao oferecer uma Jornada Educativa em Mobilização Social para os selecionados, com o objetivo de fortalecer as lideranças sociais comunitárias.
A jornada é dividida em três partes: 1) reconhecimento de potências individuais; 2) conexão com o ambiente e como construir ou evoluir iniciativas e 3) comunicação, relações e ferramentas.
Dentro deste contexto, mais de mil pessoas de todo país se inscreveram no programa. Desse total, apenas 52 foram selecionadas para participar do Acolher, entre elas está Leda da Silva. Todos recebem uma bolsa incentivo no valor de R$ 1.500,00 durante os seis meses do programa.
Com 20 anos de experiência como consultora Natura, Lêda afirma que foi escolhida para participar do Acolher apenas na terceira tentativa.
Confira vídeo que Leda enviou para a Natura em 2018:
“Para mim, é importante refletir sobre essa temática da mobilização social: qual o perfil do mobilizador social e sua importância nós territórios em que vivemos”, afirma a presidente do IDESQ, quem também é integrante do Movimento Negro Unificado (MNU).
O curso tem exigido de Leda engajamento e capacidade de articulação entre as pessoas, já que ela precisará, na próxima etapa, criar um projeto envolvendo a comunidade.
“Após as formações, vamos concorrer a um valor de R$ 15 mil, para realizar um projeto junto à comunidade. Queremos formar uma turma com 15 jovens negros e LGBTQIA+, para profissionaliza-los e inseri-los no mercado de trabalho. Além disso, a ideia é que haja também uma aproximaç˜ão com o Movimento Negro Unificado, para discutirmos o racismo estrutural”, afirma Leda.
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Gostaria de inscrever o projeto social aqui da minha cidade. Pouco divulgado as informações .