A presidente do IDESQ, Antonia Aurineuda, a nossa Leda, foi homenageada pelo Movimento Negro Unificado do Ceará (MNU), com o Prêmio Tereza de Benguela. A premiação fez parte da programação do Movimento durante o Julho das Pretas.
Para Lêda, o prêmio teve um grande significado. “A homenagem veio por eu ter sido uma das das fundadoras do MNU, por ser mulher negra, mãe solo, periférica… e eu me senti muito feliz porque eu nunca na minha vida fui homenageada. Foi uma homenagem tendo em vista a minha militância e o trabalho que foi feito até hoje”, afirma a presidente do IDESQ.
De acordo com o site Alma Preta, Tereza viveu durante o século XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso, e foi a maior liderança do Quilombo do Quariterê, hoje município de Vila Bela da Santíssima Trindade, há 548 km da capital do estado, Cuiabá.
Tereza coordenou o maior quilombo do Mato Grosso, que resistiu às ações de bandeirantes de 1730 a 1795, quando o espaço foi atacado e destruído, a mando da capitania regional. O quilombo, território de difícil acesso, foi o ambiente perfeito para Tereza coordenar um forte aparato de defesa e articular um parlamento para decidir em grupo as ações da comunidade.