Foto: Arquivo
No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, boas iniciativas devem ser sempre compartilhadas, principalmente quando constroem o IDESQ. Por isso, a instituição traz um pouco da história do Grupo Arte, Saberes e Afetividades, que reúne mulheres do bairro Parque Santa Maria, em Fortaleza, desde 2014, para discutir temas importantes e trabalhar o artesanato.
Com mais de 25 mulheres, entre 40 e 94 anos, o grupo tem um desafio atualmente: fortalecer ainda mais as relações entre elas em meio a pandemia, onde a maioria das integrantes é do grupo de risco. Para preservá-las, os encontros não acontecem mais de forma presencial desde março de 2020. Há exatamente um ano, um grupo no WhatsApp tem sido o canal de comunicação entre elas.
Responsável pelas atividades do grupo, a professora Vivi Holanda conta que o importante é manter ativa a rede de afetos e cuidados uma com as outras neste momento difícil.
“Elas desenvolvem suas criações em casa. É uma forma de desestressar, de se manterem ativas. As vendas dos produtos também acontecem pelas redes sociais. Elas possuem habilidades e criatividades suficientes para planejar e organizar atividades que elas fazem e vendem na comunidade e melhorar a renda familiar”, ressalta.
Todas as participantes possuem a carteirinha de identidade artesanal da Central de Artesanato do Ceará (CeArt). O documento permite que as vendas possam acontecer em feiras de bairro, espaços culturais e convenções. Entre as atividades realizadas por elas está arte em crochê, bonecas de pano, bolsa de retalhos, pinturas, trabalho com reciclados e outros.
De acordo com ela, apenas uma participante não está no grupo do WhatsApp. “Sá a dona Terezinha Vieira, de 94 anos, não está presente no grupo, mas as notícias do que está sendo feito e postado chega até ela através da sua filha, Tela Vieira, que também é uma integrante do grupo”.
Neste período difícil de pandemia, as mulheres do Artes, Saberes e Afetividades também fizeram ação voluntária de incentivo à prevenção do coronavírus. No ano passado, elas costuraram 550 máscaras para os funcionários do IDESQ e da Associação Santo Dias e para famílias que são vizinhas ao instituto. A iniciativa solidária tinha o objetivo de diminuir os casos de Covid-19 no bairro.
Antes da crise da Covid-19, o grupo se reunia presencialmente, pelo menos uma vez por semana, no IDESQ.
“Nesses dias fazíamos artesanatos e falávamos de todos os assuntos pertinentes a melhor idade, como menopausa, reposição hormonal, vacinação, estatuto do Idoso, problemas familiares, tais como maus tratos ao idoso e outros .Todos esses assuntos eram tratados em rodas de conversas e muitas vezes tínhamos convidados, palestrantes como os agentes de saúde da comunidade ou psicólogos voluntários da Unifor, além da presidente do IDESQ, Leda Silva, que em datas comemorativas sempre aparecia na sala de aula”, afirma Vivi Holanda, a professora responsável pelas atividades do grupo.
Ela afirma que entrou no grupo em abril de 2015. Neste momento, eram poucas mulheres, mas logo depois o número cresceu.
“Inicie esse trabalho com 10 senhoras, nos reuníamos uma vez por semana para fazer artes com reciclados e falar dos problemas pertinentes a melhor idade. A divulgação desse trabalho se espalhou de boca em boca pela comunidade do Santa Maria que em poucos meses passamos de 10 senhoras para 18, 20 e logo chegamos em 25. O espaço ficou pequeno, foi então que resolvemos conversar com a Gestão do IDESQ, para nos ceder uma sala maior e nos reunirmos duas vezes por semana”, recorda a professora.
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Não existe nada mais gratificante do que está fazendo algo que engrandece o nosso proximo e a si mesmo.