O mês de novembro é dedicado à campanha contra o câncer de próstata, que acomete os homens e é o segundo com maior frequência, perdendo apenas para o câncer de pele. Por conta disso, o mês se chama Novembro Azul, quando todo o Brasil se mobiliza pela conscientização em relação à prevenção do câncer de próstata.
“O câncer de próstata está para o homem, como o câncer de mama está para a mulher. A importância da gente falar sobre esse tema para os jovens é a conscientização, tanto para o futuro deles, de saber que há a prevenção que eles precisarão fazer no futuro, quanto também deles disseminarem essa informação para os pais, avós, familiares, amigos e comunidade, e assim se consiga diagnosticar o câncer de próstata nos homens mais cedo e, consequentemente, salvar vidas”, afirma o médico Érico Brasil, que esteve no IDESQ em outubro para falar sobre o Outubro Rosa e o Novembro Azul aos jovens aprendizes da instituição.
De acordo com ele, quanto mais cedo o homem tiver o diagnóstico, melhor. “Se você diagnosticar o câncer no início, você vai poder retirar essa próstata ou somente uma parte dela e, depois, pode ser que você precise ou não de uma radioterapia, que é um tratamento mais localizado. Em seguida, a pessoa deve ficar acompanhando, com um urologista ou oncologista durante cinco anos, para ver se esse câncer não vai voltar”, explica o médico.
Já o diagnóstico tardio diminui bastante a chance de cura, segundo o Dr. Érico Brasil. “Se for um câncer que está espalhado pelo corpo (metástase), que já foi para a região pélvica e até outros órgãos, não tem mais jeito, infelizmente. Você pode fazer uma quimioterapia para tentar diminuir o tumor e retardar a evolução, mas a chance de você conseguir se curar é muito baixa”, ressalta.
O médico também explica que faz parte da medicina gerar esses debates com a sociedade, dando informações que acrescentem na prevenção e tentando tirar todo o preconceito sobre o toque retal, exame de detecção do câncer de próstata. “Ir nas comunidades, conversar com os jovens, tentar conscientizar cada vez mais as pessoas, ir às escolas, falar sobre a importância do diagnóstico precoce e que fazer um exame desse é super rápido e que demora cerca de 15 segundos é fundamental para salvar vidas”, comenta.